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Sensibilizar e Educar para os Relacionamentos: Testemunhos

“Enquanto cidadã e profissional da área da educação, foi importante o facto de saber identificar, de forma correta, os passos inerentes ao processo de sinalização de casos de violência.”

Foto por Vanessa Oliveira

No âmbito do Projeto e-SER – Recursos digitais para SER (Sensibilizar e Educar para os Relacionamentos), recolhemos testemunhos dos/as participantes neste programa de formação reforçando a sua importância para uma Educação democrática e inclusiva em Portugal.

Este é o testemunho de Filipa Pojal: Técnica Superior na Divisão Municipal de Programas Educativos da Câmara Municipal do Porto.

Como nasceu o seu interesse em participar no curso ‘Formação Base Hora de SER: Capacitar para Implementar no 1º ciclo’, promovido pela APAV?

Enquanto técnica superior da Direção Municipal da Educação da Câmara do Porto, foi-me atribuída a gestão do projeto ‘Hora de SER’. O projeto está a ser implementado na rede de escolas públicas municipais, e tive conhecimento do mesmo através do manual ‘Hora de Ser’, uma ferramenta de trabalho prática, muito interessante, onde estão descritas todas as atividades do programa. Esse manual despertou-me efetivamente o interesse em poder constatar como eram dinamizadas todas as atividades lúdico-pedagógicas, no âmbito da prevenção da violência e dos relacionamentos interpessoais positivos. No fundo permitiu-me ampliar oportunidades e um reforço de competências específicas.

Na sua perceção, qual a recetividade da comunidade educativa para este curso?

Tendo como premissa que a escola deve ser um lugar onde se formam cidadãos, a participação nesta ação de formação será uma janela de oportunidades para propiciar a capacitação dos educadores. A Direção Municipal da Educação dá especial importância à educação não formal, sendo esta é essencial para a aquisição de competências específicas e para a utilização de ferramentas diversificadas e diferenciadoras. Uma vez que o projeto ‘Hora de SER’ está implementado nas escolas desde 2018, os docentes já tiveram a capacidade de poderem observar todas as atividades que foram dinamizadas, tomando consciência da importância do projeto, na construção de uma vida positiva das crianças. Acho que a recetividade vai ser muito positiva, por parte dos docentes e de outros profissionais. O município também promove esta parceria, para reforçar o trabalho em rede com o intuito de replicar o projeto, com profissionais formados e acreditados pela APAV.

No caso específico da sua atividade profissional, qual a mais-valia que retira da participação neste curso de formação?

Neste momento de impasse global a vários níveis, a necessidade da formação é cada vez mais fulcral, principalmente na área da educação, porque é preciso propiciar mudanças e repensar os modelos educativos. Daí a importância da colaboração com outros agentes que trabalham já no terreno e que podem complementar e reforçar as atividades que são desenvolvidas pelas escolas. A mais-valia identificada em participar nesta formação foi, sem dúvida, o reforço do conhecimento do projeto e das suas atividades lúdicas. Senti-me mais capacitada para monitorizar o projeto e, enquanto cidadã e profissional da área da educação, foi importante o facto de saber identificar, de forma correta, os passos inerentes ao processo de sinalização de casos de violência. Ao mesmo tempo, a formação, a partilha de experiências com outros profissionais, levou-me a refletir sobre darmos especial atenção ao bem-estar na escola enquanto componente essencial para a disseminação de práticas promotoras da igualdade, da diversidade e dos Direitos Humanos.

Qual a sua opinião sobre a continuidade deste curso e alargamento ao público de pré-escolar, através do Projeto e-SER – Recursos digitais para SER (Sensibilizar e Educar para os Relacionamentos)?

O alargamento ao público do pré-escolar é importante porque devemos trabalhar preventivamente, e quanto mais cedo se implementar estas ações, a sua eficácia será maior. Há que adaptar também o programa à idade específica deste público, os três anos é efetivamente muito precoce, o entendimento e a capacidade cognitiva das crianças não está tão bem sedimentada como a de uma criança de cinco ou seis anos. No entanto, adaptando a linguagem e algumas atividades será viável a dinamização ao nível do pré-escolar.

O Projeto e-SER – Recursos Digitais para Sensibilizar e Educar para os Relacionamentos é co-financiado pelo Programa Cidadãos Ativ@s, suportado pelos países financiadores do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu, gerido, em Portugal, pela Fundação Calouste Gulbenkian em consórcio com a Fundação Bissaya Barreto.
Saiba mais sobre este projeto e programa de formação aqui.

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