“Conseguir que os alunos percebam como é que têm que fazer e agir, é o saber-fazer, o saber-ser e o saber-estar.”
No âmbito do Projeto e-SER – Recursos digitais para SER (Sensibilizar e Educar para os Relacionamentos), recolhemos testemunhos dos/as participantes neste programa de formação reforçando a sua importância para uma Educação democrática e inclusiva em Portugal.
Este é o testemunho de Antónia Soares: Professora da E.B. Figueiras do Agrupamento de Escolas de Lousada Oeste.
Como nasceu o seu interesse em participar no curso ‘Formação Base Hora de SER: Capacitar para Implementar no 1º ciclo’, promovido pela APAV?
O meu interesse começou através da Dra.ª Ângela Ferreira que me contatou e perguntou se estaria interessada em participar neste curso. Concordei de imediato, pois achei que era muito importante, já que este está voltado para valores muito fundamentais para a atualidade, como a tolerância e o respeito e a empatia pelo outro. Considero que é uma mais-valia termos estes cursos, porque acabam por ser uma base para todas as disciplinas, tanto a nível curricular como não-curricular. O desenvolvimento da criança, se tiver uma boa base, em que respeite todos os valores fundamentais, será uma mais-valia para todos.
Na sua perceção, qual a recetividade da comunidade educativa para este curso?
As crianças adoraram, participaram bastante, até porque a formação não tem só uma base teórica o que lhes permite refletir sobre os vários temas: como se comportarem não só com eles próprios, como gerir as suas emoções, mas também com o outro, a cooperação entre os pares; também teve uma componente prática muito importante, que permitiu colocarem em prática aquilo que refletiram anteriormente, através de uma forma lúdica e divertida. Assim como com os pais, para estes era um tema que gostariam que fosse abordado com os filhos, aliás ainda hoje temos uma reunião ao fim do dia em que vamos tratar efetivamente deste tema.
No caso específico da sua atividade profissional, qual a mais valia que retira da participação neste curso de formação?
Se pensarmos bem, este tema da violência está dentro das rotinas diárias, seja em contexto escolar, seja em contexto familiar, seja no contexto mais alargado a nível da sociedade e, cada vez mais, vêm ao de cima estes princípios que estão mal geridos. Para mim foi importante em termos profissionais porque aprendi a gerir alguns desses conflitos que os alunos tinham entre si, a encontrar estratégias não só para o presente, mas para o futuro. Conseguir que os alunos percebam como é que têm que fazer e agir, é o saber-fazer, o saber-ser e o saber-estar.
Qual a sua opinião sobre a continuidade deste curso e alargamento ao público de pré-escolar, através do Projeto e-SER – Recursos digitais para SER (Sensibilizar e Educar para os Relacionamentos)?
Acho muito pertinente. Acho que esta intervenção tem que começar antes do 1º ciclo, porque as crianças mais pequenas são cada vez mais expostas e recetivas a estes temas. Incutindo estes temas em crianças mais novas, à medida que vão crescendo, à medida que se vão desenvolvendo também vão tendo mais atitudes e comportamentos mais positivos e é importante que seja em faixas etárias inferiores.
O Projeto e-SER – Recursos Digitais para Sensibilizar e Educar para os Relacionamentos é co-financiado pelo Programa Cidadãos Ativ@s, suportado pelos países financiadores do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu, gerido, em Portugal, pela Fundação Calouste Gulbenkian em consórcio com a Fundação Bissaya Barreto.
Saiba mais sobre este projeto e programa de formação aqui.